Senador Sérgio Moro critica políticas de segurança do Governo Federal e da Bahia
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) fez duras críticas à política de segurança pública do Governo Federal e do Governo da Bahia durante entrevista nesta semana. Ao comentar o avanço de facções criminosas no país, Moro afirmou que há “leniência com a criminalidade” e que “não existe política de segurança do governo Lula, nem do governo da Bahia”.
Moro questionou a ausência de propostas legislativas do Executivo federal voltadas ao combate ao crime organizado. “Eu fico pensando num governo que, em dois anos e meio, não consegue enviar um projeto de lei efetivo sobre segurança”, afirmou.
O parlamentar também citou ações do Congresso Nacional em oposição ao Palácio do Planalto, como a aprovação da lei que proíbe as chamadas “saidinhas” de presos e a exigência de exame criminológico para a progressão de regime. Segundo ele, o presidente Lula vetou os dois dispositivos, posteriormente derrubados pelo Congresso.
Para Moro, o combate ao crime organizado deve ser baseado em “prisão dura, longa e efetiva” e no “confisco do patrimônio dos criminosos”. Ele criticou ainda a atuação da Polícia Federal, afirmando que a corporação estaria mais preocupada em investigar críticas ao presidente Lula do que crimes graves como fraudes previdenciárias e assassinatos ligados ao tráfico.
A declaração ocorre em meio ao aumento da atuação de facções como BDN e PCC em estados do Nordeste. Moro defendeu ações mais enérgicas para enfraquecer esses grupos criminosos.
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