Aumento do fluxo de veículos pesados sobrecarrega trecho da BR-116 no Sudoeste da Bahia após interdição no Rio Jequitinhonha
A interdição da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, no Sul da Bahia, tem provocado reflexos imediatos no trecho sudoeste da BR-116, que registra aumento significativo no fluxo de veículos pesados. Com o bloqueio da principal ligação entre o Sul e o Sudeste do país, caminhões e carretas estão sendo desviados para a BR-116, sobrecarregando trechos já fragilizados da rodovia.
A rodovia, que anteriormente era administrada pela ViaBahia, está sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). No entanto, até o momento, o órgão federal não se manifestou oficialmente sobre a situação no trecho que vai de Vitória da Conquista a Cândido Sales, um dos mais afetados pelo aumento do tráfego.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF), por sua vez, já enviou um ofício ao DNIT solicitando providências. O documento alerta para o impacto do desvio no tráfego e para os riscos à segurança viária, especialmente em pontos vulneráveis como a ponte sobre o Rio Pardo, em Cândido Sales — estrutura antiga que passou apenas por intervenções superficiais no período em que a ViaBahia ainda operava a concessão.
Motoristas que trafegam pela região relatam preocupação com o estado da rodovia. “Com o volume de carretas aumentando a cada dia, fica claro que essa estrada não está preparada. O risco de acidentes é constante”, afirmou um caminhoneiro que utiliza o trecho semanalmente.
A falta de infraestrutura adequada — como acostamentos, sinalização eficiente e conservação de pontes e pistas — agrava a situação e exige resposta rápida do poder público. Técnicos apontam que a rodovia, já sobrecarregada, pode sofrer danos estruturais ainda mais severos com o tráfego intenso de veículos de grande porte.
Enquanto o DNIT não se pronuncia e não há previsão para liberação da ponte no Jequitinhonha, o Sudoeste da Bahia se transforma em rota alternativa improvisada — e vulnerável. A população e os motoristas aguardam uma solução que contemple não apenas a fluidez do tráfego, mas a segurança e a preservação da infraestrutura viária na região.